Num processo de luto, a relação externa, presencial, já não pode ser vivida, mas a experiência dolorosa, associada a esse facto, diminuirá à medida em que aumenta a compreensão de que essa relação mantém-se e continua a desenvolver-se ao nível interno, não só face ao que se sente e pensa sobre as memórias vividas, mas também sobre o que se vai vivenciando já sem essa relação presencial.
Neste sentido, as relações, realmente, não podem terminar, mas estão sujeitas a um processo de transformação: de experiências externas, temporalmente limitadas, para realidades internas em constante desenvolvimento.
A ausência de alguém que se ama pode doer muito até que se reconheça, suficientemente, que essa pessoa continua a viver num espaço-tempo totalmente seguro e acessível, dado que é pessoal e intransmissível: a mente e coração de cada um...