quarta-feira, 27 de julho de 2011

Autonomia e dependência

As pessoas inseguras das suas capacidades e competências, no exercício de funções cuidadoras ou de simbologia parental, tendem, de modo a sentirem-se valorizadas e apoiadas, a promover um controle e dependência extremos nos outros.

Não se consegue promover a autonomia e desenvolvimento identitário de alguém, se o agente facilitador desse processo não for, ele próprio, suficientemente autónomo e revelador de uma identidade bem definida, assentes numa valorização de si e confiança adequadas às suas efectivas competências de responsabilidade, que foram experienciadas, desenvolvidas e validadas pela prática relacional.

Quem não possui ainda tais características, e precisa, forçosamente, de assumir funções de responsabilidade face aos outros, deve reconhecer e assumir o ponto de desenvolvimento em que está, procurando evoluir em termos identitários e relacionais, através de uma relação especializada para fins de desenvolvimento pessoal/psicoterapêutico, e procurando, simultaneamente, no seu quotidiano, o apoio de alguém habilitado para o desempenho de tais funções.