sexta-feira, 19 de junho de 2015

O divórcio dos pais é impossível!

É possível o divórcio num casal, mas a condição de pais mantém-se ao longo da vida, quer seja bem ou mal vivida. Neste sentido, o que é fundamental para um bom desenvolvimento emocional das crianças é a relação que os pais mantêm entre si, enquanto pais e não como casal. É necessário compreender bem esta diferença, lembrando que apenas os papéis de cônjuges são extintos num processo de divórcio, mantendo os pais um projecto em comum, o qual necessita de consensos básicos e do desenvolvimento de uma boa aliança parental. De facto, as crianças necessitam perceber que existe uma boa relação entre os pais, quer mantenham ou não uma relação conjugal. É dessa relação parental que elas, realmente, dependem. Por isso, num processo de divórcio, será muito importante que os pais se concentrem naquilo que ficou da sua relação, ou seja, nos papéis parentais que permanecem vivos, activos e relevantes. Caso esse foco, da realidade, fique bem definido, o bem-estar de todos será preservado e, em especial, o referente às crianças, uma vez que são dependentes; de outra forma, a confusão instala-se, sendo, naturalmente, os pais responsáveis por essa situação turbulenta, mas também por a resolverem do melhor modo possível. Nestes casos, poderá ser muito importante a realização de um processo de consultas de aconselhamento parental. Certamente, a paz dos pais e, sobretudo, das crianças, assim merecem.