Nesta medida, é necessário que, em conjugação com a empatia, exista amor pelo desenvolvimento do outro. Por vezes, erradamente, considera-se que foi a empatia que ajudou alguém que estava a sofrer, mas, de facto, foi o amor pelo seu desenvolvimento que a ajudou. Embora o amor pelo desenvolvimento de alguém implique que exista compreensão empática, a empatia pode expressar-se com escasso amor pela evolução do outro, nos casos em que o amor próprio é ainda diminuto. Assim, a expressão do sofrimento de alguém pode ressoar em quem o assiste, mas pode não desencadear uma intervenção bondosa e promotora da resolução dos seus problemas emocionais.
Só aquelas pessoas que conseguiram resolver, em grande medida, as suas angústias e dores emocionais conseguem colocar-se, consistentemente, além da empatia face ao outro.
A empatia activa memórias emocionais, e estas apelam ao cirurgião dos males afectivos: o exercício da capacidade de amar...