quarta-feira, 4 de abril de 2007

Corpo que foge da alma...

Governo da vaga consciência, cujo poder advém da propaganda do aparente
Mentira dos sentidos de superfície, que enterra a autenticidade nas profundezas do ser
Verdade que é absoluta, mas que a ilusão da relatividade esforça-se por censurar
Corpo narcisista que se sente humilhado todas as noites, ao ser esquecido num fechar de olhos
Alma que é recordada, através da ousadia de um pensamento de dádiva de amor
Brilho divino que inquieta a tranquilidade glaciar do medo negado
Calor de doce abrangência que mobiliza a genuína alegria, mas que a amarga esperança temida abruptamente arrefece
Invocação da razão empirista, que idolatra os desconexos momentos de prazer
Império da paixão do perecível, que depende das tonturas provocadas pelos círculos viciosos
Súplicas de amor, que só podem ser ouvidas num grande silêncio
Onde a rebelde minoria amante persistirá na fé como única resposta.